"Quando os cães morrem
Luiz Ernani s. Souza
Quando os cães morrem
Vão para um céu especial
Com plantações de ossos
Para serem roídos
Em tardes preguiçosas.
Com águas frescas
Para saciar sedes animais
E refrescar línguas
enormes.
Com lugares amenos
Para deitar e coçar
Coceiras e pulgas.
Com quintais e gatos
Para rosnados ferozes
E dentes cheios de ameaças.
Mas as noites são tristes
No céu dos cães.
À noite, olham para a
Terra,
Uivam lamentos
E choram,
Inconsoláveis,
A falta de seus donos..."
Fonte: ZH de 11/12/09.
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