quarta-feira, 27 de agosto de 2014

GoPro para cachorros!!

GoPro lançou um novo tipo de peça para acoplar suas conhecidas câmera de ação: em um suporte peitoral para cachorros. Com o Fetch, como é chamado, é possível fazer filmes sob a ótica dos animais, tendo uma ideia de como eles enxergam o mundo. O acessório permite instalar até dois aparelhos da marca: uma no topo da base e outra em frente ao peito, abaixo da cabeça.
A base do suporte é acolchoada por dentro para garantir o conforto dos animais e é presa no corpo dos bichinhos através de faixas de tamanho ajustável. A placa do peito pode ser removida para manter o equipamento confortável para cachorros menores.
As bases também possuem pequenos buracos nos quais o usuário pode amarrar uma corda para unir o acessório ao cão. Isto garante maior segurança caso a câmera se solte. Além disso, o suporte é resistente à água e o animal pode entrar no mar ou na piscina sem qualquer problema.
O Fetch foi desenhado para cachorros com peso variando entre 7 Kg e 54 kg. O acessório custa US$ 59,99 (cerca de R$ 136) e pode ser adquirido no site da GoPro, que faz entregas internacionais para o Brasil.
Fonte: http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2014/08/gopro-lanca-acessorio-que-permite-ver-o-mundo-sob-a-otica-dos-cachorros.html

Cadê o Jack, do Batalhão de Ações com Cães(RJ)???

A apreensão de três toneladas de maconha em Acari, favela da zona norte do Rio de Janeiro, notabilizou o faro do cão Jack, um dos labradores mais talentosos do BAC (Batalhão de Ações com Cães), em dezembro de 2013.
Desde então, o animal vinha sendo preparado para substituir Boss --apontado como o melhor cão farejador da história recente da unidade e que foi aposentado-- na posição de destaque do canil. A trajetória de sucesso, no entanto, foi interrompida há 12 dias.
Jack desapareceu em circunstâncias ainda não esclarecidas no decorrer de uma operação em Angra dos Reis, no sul do Estado, no dia 15 de agosto. O sumiço de um cão é fato inédito na história do BAC, fundado em 1973.
A principal hipótese é que ele tenha sido capturado e morto por traficantes da comunidade onde era feita a incursão da PM. Nos corredores do batalhão, o clima de consternação é visível.
"Aqui todo mundo tem essa característica de ser apaixonado pelo animal. Para nós, é uma perda muito grande. É um companheiro que se perde", disse o veterinário-chefe da unidade, capitão Luís Renato Veríssimo.
"As comunidades onde esses cães atuam são espaços estreitos como becos, vielas, várias portas, enfim, cada cenário é um cenário. O canil foi fundado em 1973 e nunca tivemos uma perda de animal. Já tivemos centenas de operações [e isso nunca aconteceu]. Foi a primeira perda que nós tivemos", completou.
De acordo com o oficial de operações do batalhão, tenente Bernard Carnevale, "tudo aconteceu muito rápido" na ocasião do sumiço. Houve, segundo ele, uma "perda de contato visual" enquanto Jack transitava por becos e vielas buscando esconderijos de armas e drogas.
Carnevale afirmou que tal situação é comum em incursões do BAC --os cães podem avançar até 40 metros em relação ao posicionamento do tutor, pois são treinados para trabalharem soltos. Porém, o próprio treinamento faz com que eles "sempre voltem".
"Quando o cão percebe que está muito distante da patrulha, ele mesmo volta. Não tem como ele querer se distanciar e não voltar para a patrulha, pois há um trabalho específico para isso. A intenção é que ele encontre [armas e drogas] junto com a patrulha. Em um ambiente de favela, o espaço é muito estreito e é comum perder o contato visual. Eles sempre voltam quando isso acontece. Infelizmente, não foi o que aconteceu com o Jack", afirmou.
O fato de o cão não se distanciar por conta própria dá margem a duas hipóteses: o animal pode ter sido vítima de traficantes ou pode ter caído em alguma armadilha. "Como era um ambiente hostil, ele pode ter sido pego por traficantes e levado a uma outra comunidade ou abatido ali mesmo. Não escutamos tiros, mas pode ter sido um estrangulamento, facada ou algo parecido", disse Carnevale.
"Outra hipótese é ele ter caído em uma armadilha. Tinha um ambiente de mata na comunidade, ele poder ter seguido por uma ribanceira, descido para a estrada e, nesse momento, alguém pode ter pego e colocado no carro", completou.
Assim como todos os cães do BAC, Jack possui um chip de identificação e, se for encontrado, pode ser facilmente reconhecido. Apesar do clima de pessimismo, os policiais do batalhão afirmam que ainda há esperança de encontrá-lo vivo e fazem um apelo aos moradores de Angra. As buscas continuam.
"Existe uma comoção muito grande principalmente pelo fato de a gente não saber o que aconteceu. Sempre deixa margem para a possibilidade de ele estar vivo. Pior do que um óbito certo é um corpo desaparecido. A dúvida é um sentimento pior", comentou o capitão Veríssimo.

Primeiro 'penetra'

Jack era adorado no Batalhão de Ações com Cães não só pelo fato de ser um dos farejadores mais promissores, com talento reconhecido por todos os policiais lotados na unidade, mas também por sua história particular.
Desde a criação do BAC, ele foi o único animal que ingressou no serviço policial após ser encontrado na rua. Todos os outros foram reproduzidos internamente, comprados ou doados ao batalhão.
"Ele foi encontrado em uma operação durante uma operação na favela do Jacarezinho [por isso o nome 'Jack']. Estava amarrado, o que chamamos aqui de 'ancorado', e na mesma hora a gente viu que ele tinha uma aptidão muito grande para o serviço", afirmou o tenente Bernard Carnevale, que participou do treinamento do cão.
"Ele foi o nosso primeiro 'penetra'. (...) Daqui a um ano, um ano e meio, poderia ser melhor do que o Boss", completou o oficial de operações do BAC.
Desde 2010, quando participou da operação para ocupar o Complexo do Alemão, o labrador Boss surgiu como o cão farejador de maior sucesso do BAC. Com oito anos, em razão da velhice, foi aposentado no ano passado.
Outros veteranos como Scot (labrador) e Brita (pastor belga), que ainda estão na ativa, também atingiram o ápice do serviço policial. Segundo o comando do batalhão, a tendência é que Jack liderasse a linha sucessora.
"O Jack tinha todas essas características e aptidões para trabalhar no serviço policial. Tanto é que ele foi um cão resgatado da rua e só ficou aqui porque apresentava essas características. Quando vão para a rua trabalhar, principalmente os cães de faro, eles ficam sem guia, pois têm esse domínio de situação de rua. Até mesmo porque vão bastante. O Jack era um cão bem treinado para isso. Ele já estava um cão sênior para o trabalho de rua", comentou o veterinário-chefe do BAC, capitão Luís Renato Veríssimo.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Kanga encontra um lar!



A vida do cachorro Kanga começou cheia de dificuldades: ele é cego e tem um defeito congênito nas patas da frente. Não se sabe o motivo, mas o golden retriever e seu irmão foram abandonados em um terreno.
Por sorte, os dois cães foram encontrados pela equipe da Tails Of Hope, uma ONG que resgata, abriga e incentiva a adoção de animais.
Kanga não deixa que a cegueira o impeça de agir como qualquer outro cachorro, ele se guia pelos passos de quem estiver ao seu lado. Além disso, ele é um cão muito feliz e carinhoso, que adora brincar e ficar perto das pessoas.
Infelizmente, cachorros com deficiência não são tão desejados e ficam mais tempo nos abrigos, até que alguma alma bondosa decida levá-los para casa.
Demorou 8 meses para Kanga ser adotado. Ele foi morar com seu novo tutor John e ganhou uma irmã canina chamada Gracie, que age como sua guia.
Kanga já se habituou em seu novo lar e, em apenas dois dias, memorizou o local do pote de água.
Um vídeo de incentivo a adoção de cães e, especialmente, aqueles com alguma deficiência foi feito por The Pet Collective Cares.

Guia Geral para conviver com animais deficientes!

Agora o blog diretamente no Facebook!!
Justamente por ser óbvio, é bom lembrar: pessoas deficientes merecem mais atenção e mais cuidados. E nem precisaríamos acrescentar: cães deficientes também. Muitos de nós conhecemos ou temos cães que nasceram com problemas mentais, visuais, auditivos, ou foram vítimas de doença grave, acidente ou violência, ou ainda estão bem velhinhos e perdendo visão, audição ou mobilidade.
Aqui vai um guia geral, mesmo sem esgotar o assunto, visando ajudar nossos peludos deficientes a viver mais e com qualidade de vida.
Encarando e entendendo a situação
Cães costumam se adaptar bem e rapidamente a problemas físicos, mesmo os mais drásticos e graves. Os donos, obviamente, têm de adaptar suas vidas às dos cães que, afinal, têm necessidades especiais. Também obviamente, vale a pena, não só pelo amor ao animal, mas também pelas lições de paciência, altruísmo, satisfação e bem-estar por ser útil e fazer diferença na vida de alguém de quem gostamos.
Certas deficiências não incomodam tanto a quem as tem. Explico. Uma pessoa ou animal cega ou surda de nascença não anseia por visão ou audição, pois não pode sentir falta do que nunca teve e costuma reagir e se virar na vida usando os outros sentidos. O fato de um cão ser surdo, seja ou não de nascença, não significa que ele seja impedido de passear com o dono. Idem para cães “cadeirantes”, com patas traseiras imobilizadas ou ausentes.
Esteja pronto para consolar o peludo caso ele tenha se tornado cego, cadeirante ou adquirido outra deficiência. É natural que ele fique deprimido, e a melhor terapia é a ocupacional, continuando com as caminhadas e o máximo possível de brincadeiras. Homeopatia também pode ajudar a acalmá-lo.
Quanto a cães deficientes mentais, são mais raros por dois simples motivos. Um: as mães caninas abandonam os filhotes quando percebem que estes têm menos probabilidades de sobrevivência. Pode ser triste para nós humanos, mas Mamãe Natureza é pragmática e não adianta mesmo a gente chorar – mas adianta tentarmos salvar estes filhotes. Dois: os cães que sobrevivem não costumam viver muito, vítimas da própria doença ou suas consequências como ataques e paralisias...
Quando alguém chama um cachorro de “idiota” ou “retardado”, geralmente é puro desabafo de frustração ou raiva tipicamente humanas perante cães mais difíceis de serem socializados e aprenderem a obedecer comandos. No máximo, o cão costuma ter grandes fobias, e pode levar semanas para ele aprender a, por exemplo, andar com as patas traseiras. Fui dono por algum tempo (junto com meu filho e a mãe dele) de uma cadela jogada num rio dentro de um saco que foi descoberta em tempo para sobreviver, mas aparentemente a falta de oxigênio afetou-lhe a mente e sua socialização foi bem mais difícil durante todos os cerca de dez anos que ela viveu.
Algumas dicas para cuidar
Nunca é demais lembrar que socializar o cão, se ele é deficiente ou normal, é sempre importante. Como o peludo deficiente necessita de mais cuidados que um normal, o ideal é conviver com ele em casa, não num quintal, jardim ou quartinho dos fundos. Não se esqueça de inspecionar toda a casa para remover qualquer coisa que possa prejudicar um cão cego ou desatento, como galhos baixos, tábuas soltas, piscinas ou grandes fontes de água, escadas ou rampas muito lisas ou sem portões, móveis com cantos pontudos ou buracos no chão.
Procure evitar mudanças frequentes ou drásticas para o cão não se desorientar. E o cão deve ser examinado todos os dias; afinal, ele não tem a mesma facilidade humana de expressar com precisão o que sente e, se tiver paralisia ou insensibilidade em partes do corpo, não sentirá dor e portanto não poderá reagir a riscos de infecções, mesmo da forma simples, prática e bem canina de se lamber para curar ou minimizar feridas ou irritações. Como dissemos, você pode – e deve – passear com cães cegos ou surdos, apenas não se esquecendo de que é você quem enxerga e ouve por ele.
É bom apresentar o cão a outros cães deficientes. Você inclusive pode trocar experiências sobre o assunto com outros donos e donas. Mas cuidado ao apresentar o cão cego ou surdo a outros cães –  há o risco de ele estranhar e rosnar ou até morder. Se você tem outros cães ou gatos, uma boa ideia é colocar-lhes guizos no pescoço, para que o cão perceba que eles estão chegando. (Você pode também prender com elástico guizos em um de seus próprios tornozelos, para o cão saber que você está próximo.)
Vários cães surdos estão sendo treinados com comandos utilizando a linguagem de sinais.
Não modificar os móveis de lugar em casa.
Invista em órteses, próteses e cadeirinhas de rodas. eles de adaptam rapidamente.
Guizos vão bem também em bolas, assim como perfumes de toucinho ou baunilha, ou bolas que façam algum ruído, para facilitar o cão deficiente visual a encontrá-las e brincar com elas, especialmente se ele não é cego de nascença e adorava brincar de bola quando enxergava. Assim como jogadores de futebol se tornam técnicos, um cão muito ativo que tenha de e “aposentar” por invalidez poderá ter uma segunda carreira como cão de terapia em hospitais ou casas de repouso.
Sempre “converse” com o peludo, e procure falar sempre em tom alegre e “pra cima”, especialmente se ele for cego. O cão sente segurança da presença do dono pela voz. É verdade que cães são excelentes para afastar a tristeza humana, mas isso não significa que devamos contaminá-los com ela. Ao viajar ou passar muito tempo fora de casa com ele, não esqueça do cobertor, caminha ou outro objeto com que ele esteja acostumado, para evitar que o bicho fique traumatizado ou inseguro.
Esta dica vale para todo mundo, deficiente ou não, humano ou peludo: evite paparicar e proteger demais! Deixe o cão solto o suficiente para se divertir e aprender a se virar na vida. Mesmo se ele seja de pequeno porte, não caia na tentação de colocá-lo em locais onde ele inicialmente não alcance (para comer, por exemplo), pois ele se confunde se de repente aparece um “deus” ou “deusa” para facilitar tudo. Evite também cair na armadilha daquele olhar ou ganir de quem não come há meses; obesidade, especialmente em cães inativos, é um risco e um problema a mais de que eles não precisam.
E o que é ser deficiente ou ser normal?
Parece-me adequado lembrar uma conversa que tive este ano com uma nova amiga. Ela disse: “Tenho uma filha com síndrome de Down”. Não contive um “Que pena”... e levei o mais carinhoso tapa verbal: “Como assim, ‘que pena’? O mundo material é feito de diferenças, é preciso acabar com esse preconceito de piedade! Pessoas com Down podem viver bem e são pessoas excelentes. E pessoas comuns sofrem de inveja, fraqueza, inconstância, distúrbios piores do que um déficit mental.”
Do mesmo modo, um cão deficiente precisa de mais atenção e cuidados, como dissemos, e também de carinho, mas não de piedade de “superior” para “inferior”. Mesmo que um peludo com necessidades especiais não chegue a ser normal, pensemos: afinal de contas, o que é ser normal? Mais importante é ser feliz e não causar mal a outros seres.
Não devemos ter aquela piedade inferiorizante, mas sim saber conviver com as diferenças, aceitá-las para tratá-las de acordo. Stephen Hawking, Stevie Wonder e Herbert Vianna são apenas três exemplos humanos de superação, e a perfeição, como diria Gilberto Gil, é meta de goleiro. Não importa se você acredita que seu cão é deficiente pela vontade de Deus ou por acaso e determinismo histórico; é bom pensarmos no cão deficiente como sendo, mais que portador de necessidades especiais, um cão que já é ele mesmo especial.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Pig, cachorrinha mais que especial faz sucesso nas redes sociais

Uma cachorra chamada Pig está fazendo sucesso na Internet. Ela tem esse nome porque nasceu com deformações que fazem com que tenha uma aparência diferente.
Pig nasceu sem uma parte de sua espinha dorsal e sem algumas costelas.
A vida da cachorra não começou de maneira tranquila, ela foi abandonada junto de suas irmãs numa floresta de Alabama, nos Estados Unidos. E foi a Pig quem salvou a vida de todas, porque ficou latindo e conseguiu chamar a atenção de uma mulher que passava pelo local.
Pig encontrou seu novo lar com Kim Dillenbeck, que ficou sabendo da história da cachorra quando estava passando o natal na casa de sua irmã, na cidade de Jefferson.
Kim disse que se deu bem com Pig logo que a conheceu e soube o que fazer imediatamente:
“Rapidamente, eu decidi ser sua mãe porque ela provavelmente não viveria. Nós supomos que agora ela estaria sufocando por causa de seus próprios órgãos, ou algo assim, por causa de sua forma.”
Kim também contou ao AL.COM que a mulher que encontrou Pig na floresta ouviu do veterinário que a cachorra teria que ter sua morte induzida.
Sobre a raça da cachorra, Kim diz que talvez poderia ser uma Akita, mas não dá para saber com certeza, então é uma SRD. E ela já tinha o nome Pig quando foi adotada.
A cachorra está com 8 meses de vida e ainda vai crescer.
Pig fez sucesso no festival Do Dah Day, que acontece todos os anos na cidade de Birmingham, Alabama. Esse evento existe desde 1979 com o objetivo de arrecadar dinheiro para instituições e abrigos que ajudam animais. Todos queriam tirar foto com a cachorra e sua história se espalhou pela Internet.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Xodó, plataforma de “crowdfunding” animal, mobiliza centenas de pessoas e dá início à transformação colaborativa!

Campanhas em prol da causa animal financiada pelas pessoas através de um sistema simples, prático e transparente de crowdfunding (financiamento coletivo). Esse é o trabalho desenvolvido pela startup Xodó, que em menos de dois meses no ar já contabiliza dois projetos concluídos.
O primeiro êxito veio com o projeto UMAVET da Ampara Animal, campanha de arrecadação de fundos para a criação de uma Unidade Móvel de Atendimento Veterinário gratuito. A UMAVET levará atendimento eficaz de prevenção e combate de doenças a animais abandonados ou em posse de quem não pode pagar por uma consulta. Com mais de 300 apoiadores, entre empresas e pessoas físicas, o projeto atingiu 109% de sua meta, totalizando R$87.379,48.
A segunda conquista se deu com o apoio de 47 doadores, que contribuíram com R$20.020,00 para a construção do Centro Cirúrgico da Associação Natureza em Forma. O projeto foi elaborado para aumentar o número de castrações realizados pela organização e poder atender a demanda de consultas da região, das ONGs parceiras e protetores independentes.
No site está também ativa a campanha da ULA – União Libertária Animal, destinada ao desenvolvimento de cartilhas infantis de respeito aos animais, que em menos da metade do prazo já atingiu 65% de sua meta, estipulada em R$5.000,00. E novas campanhas já estão sendo analisadas para em breve entrarem no ar.
O Xodó
Xodó é primeiro site de financiamento coletivo (crowdfunding) voltado exclusivamente para a causa animal que não cobra taxa de comissão. Um canal de fácil acesso e de abrangência nacional.
O Xodó promove e engloba projetos com animais domésticos, silvestres ou de circo, além de movimentos vegetarianos e veganos. Todo projeto que visa cuidado, respeito, preservação e proteção aos animais recebe atenção redobrada da equipe.
A criadora e CEO se chama Raphaela Rondon. Ela é formada em Relações Publicas, pós graduada em Gestão de Projetos Sociais e desde sempre apaixonada por bichos. Luta por uma realidade melhor para os animais, e encontrou no Xodó a maneira de contribuir para esta conquista.
Mais informações e solicitações de entrevista:
www.xodo.juntos.com.vc
raphaela.rondon@xodo.com.vc
(11)98164.8764

Cavalo vítima de maus tratos recebe prótese e é adotado!

Em junho de 2013, a Brigada Militar (BM) e a Sociedade Amigos dos Animais (Soama) receberam denúncia de maus tratos de um cavalo, que estava ferido e foi abandonado numa área de mato no bairro Parque Oasis em Caxias do Sul, na Serra. Nesta segunda-feira, faz pouco mais de um ano que o animal foi encontrado. Ele sobreviveu, foi adotado por um casal e ganhou uma prótese em uma das patas.

Assim que localizaram o animal, BM e ONG procuraram ajuda veterinária, porque o cavalo apresentava baixo peso, estava tomado de "bicheiras" e não conseguia nem levantar. O casal Vitor Boldrini e Adriana Castilhos Suzin, que passou pelo local, pediu para ficar com o animal e se comprometeu a providenciar o socorro necessário.

O cavalo ganhou o nome de Campeão e foi levado até a Cabanha Del Fuego, em Monte Bérico, onde passou a ser cuidado e medicado 24 horas por dia. Ele foi tratado pela bióloga Renata Onzi e pelo marido Mauricio Lazzari, que se uniram à causa e se revezavam para salvar o animal, com aplicação de soro, vacinas, curativos e até mesmo transfusão de sangue.

Apesar de toda a dedicação, uma ostemielite tomou conta de uma das patas e, um mês depois de encontradro, o animal passou por uma amputação. Inconformados com o destino do cavalo da raça crioula, com procedência registrada e nominado "Baião da Bandeira 198" de uma cabanha de Jaguarão, amigos do casal uniram força, fizeram rifa para angariar dinheiro e conseguiram colocar uma prótese no Campeão.

Passado pouco mais de um ano de sua localização, com gastos que se aproximam de R$ 15 mil, o equino recuperou o peso e caminha normalmente com ajuda da prótese, que já teve que ser trocada quatro vezes para se adaptar ao tamanho do cavalo, que ainda continua crescendo.

Este é primeiro caso de adaptação de pata mecânica que se tem registro de um equino no Rio Grande do Sul, e segundo caso no Brasil, o protético de prótese humana, fez o projeto em caráter experimental, comovido com a trajetória de amor, cuidado e sofrimento dispensado pelos amigos. "É importante a divulgação, para conseguirmos novas informações e experiências que possibilitem o desenvolvimento de recursos adequados para a melhor qualidade de vida do Campeão", disse a bióloga Renata.

O homem suspeito do crime foi identificado e respondeu a um processo criminal, mas teve a pena convertida em multa. 
Fonte: http://www2.correiodopovo.com.br/Noticias/?Noticia=529922 

Abelhas estão entrando em extinção, Reino Unido apela ao público para salvá-las

Cinco passos podem ajudar a conter o declínio das populações de abelhas e outros polinizadores vitais para manter a cadeia alimentar da qual as pessoas dependem, afirmaram as autoridades britânicas nesta semana ao fazer um apelo público.
Governos de todo o mundo têm se alarmado com o forte declínio no número de abelhas, que desempenham um papel fundamental nos ecossistemas, especialmente nos cultivos que compõem grande parte da alimentação humana.
Segundo a agência France Presse, os cinco passos são: plantar mais flores, arbustos e árvores ricas em néctar e pólen; deixar trechos de terra livres para o crescimento de plantas silvestres; aparar a grama com menos frequência; evitar perturbar ou destruir insetos aninhados ou em hibernação; e pensar cuidadosamente antes de usar pesticidas.
"Polinizadores como as abelhas são vitais para o meio ambiente e para a economia, e eu quero assegurar que faremos tudo o possível para salvaguardá-los", disse o vice-ministro de Meio Ambiente, Rupert de Mauley.
"É por isso que estamos encorajando a todos para que adotem algumas poucas ações simples e façam seu papel em ajudar a proteger nossas abelhas e borboletas", acrescentou.
Estratégia nacional para polinizadores
Os cinco passos impulsionados pelo Ministério do Meio Ambiente são divulgados antes da publicação pelo governo, prevista para este ano, de uma estratégia nacional para proteger polinizadores.
A organização Amigos da Terra saudou a iniciativa, mas instou o governo a trabalhar para limitar o uso de pesticidas, que se acredita ser um fator chave neste declínio.
"O governo também precisa desempenhar seu papel, fortalecendo sua vindoura Estratégia Nacional de Polinizadores para responder a todas as ameaças que as abelhas enfrentam, especialmente apoiando os fazendeiros a reduzir o uso de pesticidas e contendo a perda continuada de hábitat vital como as pradarias", disse o diretor executivo Andy Atkins.
O governo britânico tem sido criticado por se opor às restrições da União Europeia ao uso de vários neonicotinoides em cultivos favorecidos pelas abelhas. As substâncias têm sido vinculadas ao declínio nas populações de abelhas e aves.
Importância das abelhas
A mortalidade de abelhas ao redor do planeta ameaça ambos os processos. Entre as possíveis causas já listadas estão o uso excessivo de pesticidas, como os neonicotinoides, excesso de parasitas que afetam esses insetos, poluição do ar e da água, além do estresse causado pelo gerenciamento inadequado das colmeias.

Investigar essas e outras hipóteses é importante, porque pode evitar um possível caos ambiental. O declínio põe em risco a capacidade global de produção de alimentos.
Para se ter ideia, segundo a Organização das Nações Unidas, os serviços de polinização prestados por esses insetos no mundo – seja no ecossistema ou nos sistemas agrícolas -- são avaliados em US$ 54 bilhões por ano. Além disso, 73% das espécies vegetais cultivadas no mundo são polinizadas por alguma espécie de abelha. Fonte: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2014/07/reino-unido-apela-ao-publico-para-tentar-salvar-abelhas-da-extincao.html

Startup desenvolve aparelho que detecta problemas cardíacos

Em Florianópolis, capital de Santa Catarina, os empresários Gabriel Paim, Lucas Neves e Jonatas Pavei montaram uma startup que desenvolve equipamentos médicos e veterinários de alta tecnologia. O principal produto é um aparelho que faz eletrocardiograma em animais de estimação.
O equipamento, cuja fabricação é terceirizada, é portátil, custa R$ 4 mil e deve ser conectado a um notebook e a um simulador de sinais cardíacos. O aparelho já está no mercado e a expectativa é que as vendas cresçam nos próximos anos. Uma clínica de animais de estimação em São Paulo comprou o aparelho. O veterinário Luís Felipe dos Santos, especialista em cardiologia, afirma que o produto tem ajudado muito nos diagnósticos.
A startup recebe suporte de uma incubadora de Florianópolis, apoiada pelo Programa de Incentivo e Gestão de Negócios do Sebrae, para crescer no mercado. A incubadora apoia também outras 17 startups, sendo que 6 delas estão instaladas na própria incubadora, e as outras recebem suporte à distância.
CONTATOS:
SEBRAE
Central de Relacionamento: 0800-570-0800
www.sebrae.com.br
INPULSE (DESENVOLVEDORA DE EQUIPAMENTOS MÉDICOS E VETERINÁRIOS)
Contato – Empresário: Gabriel Veloso Paim
Av. Desembargador Vitor Lima, 260, sala 908 – Trindade
Florianópolis/SC – CEP: 8040-900
Telefone: (48) 3721-8758
Site: www.inpulse.med.br
INCUBADORA MIDI TECNOLÓGICO (INCUBADORA DE EMPRESAS)
Contato – Coordenador: Gabriel Santos
Rua Patrício Farias, 131, sala 502 – Itacorubi
Florianópolis/SC – CEP: 88034-132
Telefone: (48) 4009-3223 

Anjos de rodinhas

Tanto na mitologia como na ótica da religião, anjos são seres que têm asas. Entretanto, em Pinda, o autônomo Celso Hommer iniciou um trabalho denominado “Anjos de Rodinhas”. Ele ajuda cães deficientes a encontrarem uma nova forma de retomar uma vida normal.
Hommer constrói “cadeiras de rodas” adaptadas para animais de estimação sob medida. Esse trabalho é divulgado em uma página nas redes sociais e, por meio dela, inclusive, já conseguiu ajudar animais de outros estados, como Goiás, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.
“O dono (do cão) ajuda com material quando tem condições financeiras. Quando não, temos toda uma equipe que conhece e admira nosso trabalho e acabam colaborando por meio de doações. Eu faço a cadeirinha mas, por trás disso, existem várias pessoas que ajudam indiretamente”, revela.
Como tudo começou
Há dois anos, Hommer era funcionário do pedágio da Água Preta e, um belo dia, avistou uma cachorrinha que apareceu na ciclovia. Ele começou alimentá-la para criar uma relação de amizade, visto que seu objetivo era levar a cadela para casa, pois sabia que aquele ambiente era perigoso, principalmente devido ao trânsito.
Inicialmente, ela era meio arisca então, para essa aproximação, Hommer levava alguns petiscos até que a confiança fosse conquistada.
O acidente
Em meio ao desenrolar dessa nova relação de amizade e confiança, ele planejou um dia em que iria trabalhar de carro a fim de trazer a cadela para sua residência. Porém, foi informado de que não seria necessário ir ao serviço naquele dia.
Mesmo sem a presença de Hommer no local, a cachorrinha foi até lá e, como não encontrou ninguém que lhe oferecesse um petisco, acabou atravessando a pista – momento em que foi atingida por um automóvel. Os passageiros desceram do veículo e colocaram-na no acostamento, mas ela acabou se arrastando e entrando no matagal, onde ficou cerca de oito dias, pois ninguém conseguia encontrá-la.
Hommer escutava os latidos do animal e esperava o dia amanhecer para que a claridade o ajudasse a achar a pequena cadela. No oitavo dia, já sem esperanças, “Vi”, como é chamada, foi encontrada. “Ela estava só pele e osso e a pata traseira já estava em decomposição. Do jeito que peguei o animal, levei ao veterinário, que optou por amputar uma das patas e fazer curativo na outra que, uma semana depois, também foi amputada”, relata.
Convivendo com a deficiência
O autônomo comenta sobre o desafio de ter o primeiro contato com um animal deficiente. Ele comenta que a primeira atitude foi procurar uma cadeira de rodas para o animal. Mesmo assim, ela não se adaptou. “Diante disso, fui pesquisar na internet instruções para construir uma cadeira e acabou construindo a primeira cadeirinha de rodas de cano “pvc”. Hommer fez várias tentativas construindo cadeiras. Embora a cadela Vi não tenha se adaptado com a alternativa, ele acabou descobrindo, ali, uma forma de ajudar animais deficientes.
“As pessoas que sabiam que eu construia cadeiras, me falavam de animais com deficiência e eu me dispunha a ir até eles, tirar a medida e confeccionar as cadeirinhas. E foi assim que a ação começou. Por ajudar a minha cadela, comecei a ajudar os outros cães”, orgulha-se Hommer.
Cães
Apesar de tudo ter começado com a pequena Vi, ela nunca se adaptou às cadeiras. Dessa forma, ela anda se arrastando com o “toquinho” das patas e exige de Hommer um cuidado todo especial, pois tem a saúde frágil, principalmente quando se trata de bactérias.
“Como ela se arrasta mas precisa se exercitar, preciso levá-la sempre onde há grama. Assim, ela não se machuca e consegue brincar um pouco. Não a deixo andar no asfalto ou cimento para não machucar”, revela.
Anjos de Rodinhas
Hommer então, na intenção de ajudar os outros cães deficientes, criou uma página no Facebook. Quando começou a construir as cadeiras, teve o desejo de criar uma forma de divulgar para todo o Brasil. Assim, o trabalho foi disseminado e ele já atendeu pedidos de Goiás, Natal e sul do país, enviando a cadeirinha pelos Correios.
Projeto
Hommer ainda conta que a intenção é criar, a partir desse trabalho, uma associação de amparo ao cão deficiente, objetivo este que vem buscando consolidar. Além disso, também busca parceiros que possam colaborar com a iniciativa. “A causa animal é abrangente. Comecei com a cadeirinha de rodas e, quando vi, já estava me envolvendo com tudo. Os maus tratos começam com o dono que não cuida. Também existem os animais de rua, os animais doentes. Acabei me engajando na causa animal. Infelizmente, não posso resgatar nenhum animal, mas procuramos dar aparato para os donos que não têm condições, seja com alimentação, cuidados, veterinário entre outros. É cada um fazendo a sua parte para melhorar a vida dos animais”, afirma.
Em defesa dos animais
O autônomo levanta a bandeira pela defesa de cães com deficiência, pois muitas pessoas decidem descartar esses animais, acreditando que só porque não andam mais não podem ter uma vida normal. “Eu tenho uma deficiente em casa e ela convive normalmente. Não é só porque não está andando que deve ser sacrificada”.
Ajuda
Quem tiver um animalzinho deficiente e desejar entrar em contato, pode acessar a página https://www.facebook.com/anjosderodinhas?fref=ts

Roo, uma dachshund mais que especial...

Roo é uma Dachshund especial que mora nos Estados Unidos. Logo que ela nasceu, na companhia de mais três irmãos, todos souberam que ela era diferente. Suas duas pernas dianteiras eram bem menores do que deveriam ser.
Com o tempo, Roo foi crescendo em uma cadela saudável e o problema de suas pernas dianteiras se tornou um mero detalhe.
Quando ela não está se movimentando apenas com as patas traseiras, ela não encontra nenhum obstáculo em acompanhar os irmãos em passeios com seu carrinho.

Cachorros de cadeiras de rodas se divertindo....

Cachorros com deficiência costumam ser os últimos a serem adotados. Felizmente, existem algumas pessoas dispostas a ajudar e Gritta Götz é uma delas. Gritta administra um santuário de animais na Alemanha, para dar uma vida melhor a esses cães.


Pets velhinhos merecem todo seu amor até a despedida....

As quatro patas da Mel já não correm com a mesma agilidade de quando entraram na vida da família Coelho, 14 anos atrás. A cocker spaniel prefere passar os dias deitadinha, mal senta, e se cansa logo no início da caminhada. As orelhas compridas não ouvem tão bem quanto antes. Os olhos que hoje aparentam cansaço de quem muito viu a tutora chegar em casa, também estão deixando de funcionar aos poucos. É hora de se preparar para a despedida.
Que eles vivem menos do que nós, isso é certo. A expectativa de vida de um pet varia de acordo com a raça, mas não vai além dos 16, 17 anos. Por terem menos tempo, parece que eles têm a necessidade de aproveitar tudo ao máximo. Latem, brincam, sorriem, dão amor e fazem arte para que a vida não passe batido. Nem a deles e nem a nossa.
“A Mel entrou na nossa vida assim, eu tinha um poodle que levava num pet shop e um senhor de lá me ofereceu ela. Queria vender, eu disse que eu não comprava cachorro, porque tinha muitos de rua, mas se ele quisesse dar, eu pegava”, relembra a aposentada Joelma da Silva Coelho, de 68 anos.
Uma bela noite, o mesmo senhor bateu à porta de Joelma. “Quando eu abri, ela correu e pulou em cima do sofá, tinha quatro meses, era magrinha. Eu perguntei e aí vai me dar ou vai vender e ele respondeu que ia me dar”. As travessuras de Mel levavam a tutora à loucura. As portas do quarto precisavam ficar fechadas e a casa teve de abandonar o hábito das plantas. As colchas de cama viravam chupeta para a cocker até que fossem furadas e nas plantas, a filhote enxergava um inimigo em potencial, porque quando menos se esperava, estava ela destruindo o vaso.
“Olha eu só fiquei com ela porque eu gosto muito de cachorro mesmo”, lembra. Mel já tinha passado por seis casas, mas só encontrou um lar com Joelma. “Agora ela está com 14 anos e não quero nem pensar, se um dia…” A frase ela não termina. O medo da despedida cala a voz e as palavras. Na teoria Joelma sempre soube que aquela filhote morreria um dia.
“Hoje ela é assim, muito mais calma, mas foram quase duas eutanásias. A veterinária sempre disse que ia tentar, mas que não sabia se haveria um jeito. Uma das vezes, uma doença na pele evoluiu tanto que Joelma não queria chegar até a clínica. “Meu medo era chegar lá e ter uma notícia ruim. Dessa vez eu cheguei e ela estava me esperando no portão com um lacinho. A veterinária só disse que era um milagre e porque ela era muito amada”, afirma.
Amor nunca faltou à Mel. A tutora já tinha experiência com cães, inclusive da raça da cadela, e sabia que cedo ou tarde, teria de se despedir. “Essa raça não dura tudo isso, vai no máximo até 11, 12 anos”, tenta se consolar. Joelma sabe que a partir de agora o caminho é o de se despedir.
Mel é quase gente na casa e se fosse pessoa a tutora avalia que seria das melhores para se conviver. Ela que sempre morou em apartamento já dividiu teto com cachorro, seis filhotes recém nascidos da “irmã” e gatos. Mas o que gosta mesmo, além do carinho da tutora, é de laranja. Quando Joelma chama para comer “lala”, ela espera que descasque a fruta e se esbalda.
O cenário de uma cadela brincalhona e espevitada tem ficado no passado. “Ela já anda muito devagar, às vezes para na rua e eu tenho que carregar, levantar ela é um custo”, comenta Joelma – em parte porque o animal sempre esteve acima do peso.
“Eles se tornam da família, sabe? Os cachorros, eles não cobram nada de você, são uma retribuição infinita do amor que a gente dá. Pode chegar em casa chateado, que ao abrir a porta, a primeira coisa é encontrar com eles e eles nem querem saber se você trouxe alguma coisa”, explica.
Nos dias de angústia, tristeza e até solidão, Mel foi a fiel escudeira. “Ela põe a patinha na minha perna como quem diz: não fica assim. Ela é uma grande amiga, minha companheira e nós já passamos por altos e baixos”, relata.
Agora o relógio corre mais rápido, os ponteiros puxam consigo os dias do calendário, diminuindo assim o tempo de Mel na casa onde fez um lar. “Eu me arrependo de nunca ter deixado ela cruzar. Quando eu perder ela, não vai ter mais nada aqui para falar, era da Mel. A gente nunca está preparado. Eu tenho que estar, eu sei disso, é a vida. A gente nasce e morre, mas vou sentir falta, muita falta”.
Fujona até hoje – Nas nossas andanças em busca de cães na terceira idade, encontramos Kiara Pelúcia. O nome completo é este, mas a tutora, Jacqueline Nascimento, de 32 anos, nunca a chamou assim, nem para dar bronca, o que segundo ela, nunca foi preciso.
Aos 15 anos, Kiara é fruto de uma mistura de fox paulistinha com pequinês. Nasceu branca e chocolate, mas agora as manchinhas coloridas deram lugar aos pelos brancos. Ela já não ouve nada, nadinha mesmo. Para chamá-la é preciso ir até ela. A vantagem é que a pequenina continua espoleta como se fosse um filhote. “É que ainda não contaram que ela é uma idosa”, brinca Jacqueline.
A cadela foi dada por um amigo logo que nasceu e chegou à casa da tutora ainda como uma “bolinha de pelo”. A surdez de hoje foi gradativa, no entanto ano passado ela ‘baqueou’ mais um pouquinho e já começou a preparar a família para sua despedida. Kiara teve um tumor na mama, correu risco na cirurgia, mas teve uma recuperação milagrosa.
Nos 15 anos de vida, Kiara já fez até aula de dança com a tutora. “Ela foi me seguindo até lá, quando eu vi, não dava para trazer ela de volta, então ela entrou comigo. Ficou deitada de barriga para cima como eu e ficava me olhando”, recorda uma das histórias que vai ficar para sempre na memória de Jacqueline.
“A morte é inevitável, é a única certeza da vida. A gente pode até falar que está preparado, mas nunca está”, comenta. E não é que durante a entrevista, a cachorrinha escapou pela grade do portão e fugiu pra rua? Continua fujona e dando susto até hoje.
O Soneca – Com 17 anos de vida, o cachorro “salsichinha” ganhou o nome devido ao sono que sempre foi em abundância. Hoje, ele se locomove pela casa bem devagar, já não sobe ou desce degraus sozinho e nem ouve quando alguém o chama.
A tutora, Lenita Cavalheiro de Lima, de 54 anos, teve de aprender a assoviar. “Só assim que ele escuta”, explica. As complicações da idade lhe tiraram além da audição, a visão nítida e em troca disso deixaram a sensação de frio e problemas renais. “Ele só fica de roupinha porque sente muito frio”, afirma. Há cinco anos ele saiu para passear e não voltou por 15 dias. Depois do sumiço repentino, passou a começar a apresentar problemas. “Ele vai fazer 17 anos, é membro da família, presenciou tudo. O crescimento do meu filho”, conta.
Se não tivesse o Soneca na casa, era certo que haveria outro cão. “Cachorro sempre traz harmonia para a casa. E eu só peço a Deus, quando ele for, para que não sofra”.
A expectativa de vida dos cães aumentaram de uns anos para cá, devido aos cuidados com alimentação, vacina e visitas ao veterinário, mas nada que ultrapasse a maioridade, ou seja, os 18 anos. Veterinária Débora Cristina Ribeiro Lachi, de 37 anos, explica que a anatomia dos cães é inversamente proporcional à expectativa de vida deles. “Quando maior o porte, menos dura o cachorro. Um poodle pode durar até 17 anos, um rottweiler até 10″.
De um modo geral, a partir dos 9 anos, os cães já precisam mudar a alimentação e adotar a ração específica de idosos. “Alguns apresentam cataratas, problemas de visão, articulares”, explica.
Há 11 anos na área, ela já viu tutores sofrerem muito quando a temporada das despedidas é aberta. “Às vezes a pessoa tem cachorro desde que o filho nasceu. Há os que sabem que o animal não vai durar muito, mas faz o possível para melhorar a sobrevida”, afirma.
Sobre o que sempre se ouviu, de que para morrer os cães se afastam dos tutores, Débora explica o porquê se entendeu por tanto tempo que este era um hábito dos pets. “Antigamente o cão ele não ficava próximo da residência, dentro de casa, ele ficava no quintal. O que se percebia era que com o tempo ele não vinha mais ao encontro do tutor e ficava essa impressão, mas acredito que é exatamente ao contrário. Hoje eles convivem mais perto, dentro de casa e para mostrar que não estão bem é que eles se aproximam. O convívio e a socialização do cão com o homem é muito maior”, considera a veterinária.
O melhor amigo do homem também parte. Mas diferente dos tutores, eles não esperam a velhice para mostrar o amor que sempre tiveram no coração.

Animais com deficiência visual.... Vivem Bem!!!

Lidar com animais que têm alguma deficiência visual é desafiador. Porém, com os cuidados necessários e, principalmente, a dose certa de amor, o gatinho ou cachorrinho pode ter uma vida plena e feliz realizando todas as atividades normais de qualquer bichinho de estimação.
O especialista em oftalmologia veterinária Fábio Brito explica que os problemas relacionados à visão podem ter causas congênitas, quando o animal já nasce com a deficiência na visão, ou hereditária, que é desenvolvida com o tempo. “O primeiro passo é procurar o especialista para diagnosticar o problema e avaliar o que pode ser feito”, diz o veterinário. 
Cada caso é diferente e pode envolver um tratamento cirúrgico, como é o caso da catarata, ou ser um quadro irreversível. “A perda da visão por idade nem sempre é permanente. É recomendado que a partir dos seis ou sete anos os animais domésticos façam consultas anuais com esse propósito', explica. 
O tutor pode observar mudanças no comportamento do animal que indiquem que existe alguma problema na sua visão. É importante ficar atento se o cão ou gato, ao sair do seu ambiente doméstico, esbarra em objetos. O tutor também deve observar se os seus olhos dos animais estão com a cor natural ou com manchas azuladas. Pode-se fazer testes como abanar alguma bolinha de algodão na frente do animal e observar se ele a segue com o olhar.
Alguns tutores podem demorar a identificar a deficiência, principalmente se o animal for um filhote. Foi o caso da jornalista Juliana Aragão, que só descobriu que o seu gato Serafim era cego quando ele tinha 10 meses. O gatinho aparentava um comportamento normal, interagindo com os outros gatos da casa, brincando, correndo e até subindo em móveis altos sem dificuldade. “Comecei a desconfiar só quando notei que o reflexo dos olhosdele brilhava mais que dos outros gatos e fiz um teste simples: balancei um brinquedo que não fazia barulho na sua frente. No começo ele parecia olhar, mas ele estava apenas sentindo a vibração. Quando o afastei da sua frente, ele continuava a brincar sozinho no ar”, conta Juliana. 
Depois de observar que havia algo estranho, ela o levou ao especialista que, após exames na retina, constatou a cegueira total e irreversível. Fisicamente, Serafim só apresenta estrabismo. Ele compensa o fato de não enxergar tendo seus outros sentidos mais apurados. “No começo eu tive pena, mas agora percebo: pena do quê? Ele é totalmente adaptado e faz coisas incríveis”, diz, orgulhosa, a tutora de Serafim. 
Sem mudanças
Para quem tem um animal com deficiência visual em casa, é preciso tomar alguns cuidados. Evite mudar constantemente os móveis de lugar - ele vai se adaptar ao local onde vive e ficar fazendo alterações pode fazer com que ele acabe colidindo com eles e se machuque. 
Também não faça mudanças no local da água e da ração. Coloque telas de proteção nas janelas, evitando quedas e, se morar em casa, não deixe o portão aberto, para evitar fugas.
Fonte: http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/pecao/2014/07/14/interna_pecao,515983/caes-e-gatos-com-deficiencia-visual-podem-levar-vida-normal-saiba-como-identificar-problemas.shtml


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