O especialista em oftalmologia veterinária Fábio Brito explica que os problemas relacionados à visão podem ter causas congênitas, quando o animal já nasce com a deficiência na visão, ou hereditária, que é desenvolvida com o tempo. “O primeiro passo é procurar o especialista para diagnosticar o problema e avaliar o que pode ser feito”, diz o veterinário.
Cada caso é diferente e pode envolver um tratamento cirúrgico, como é o caso da catarata, ou ser um quadro irreversível. “A perda da visão por idade nem sempre é permanente. É recomendado que a partir dos seis ou sete anos os animais domésticos façam consultas anuais com esse propósito', explica.
O tutor pode observar mudanças no comportamento do animal que indiquem que existe alguma problema na sua visão. É importante ficar atento se o cão ou gato, ao sair do seu ambiente doméstico, esbarra em objetos. O tutor também deve observar se os seus olhos dos animais estão com a cor natural ou com manchas azuladas. Pode-se fazer testes como abanar alguma bolinha de algodão na frente do animal e observar se ele a segue com o olhar.
Alguns tutores podem demorar a identificar a deficiência, principalmente se o animal for um filhote. Foi o caso da jornalista Juliana Aragão, que só descobriu que o seu gato Serafim era cego quando ele tinha 10 meses. O gatinho aparentava um comportamento normal, interagindo com os outros gatos da casa, brincando, correndo e até subindo em móveis altos sem dificuldade. “Comecei a desconfiar só quando notei que o reflexo dos olhosdele brilhava mais que dos outros gatos e fiz um teste simples: balancei um brinquedo que não fazia barulho na sua frente. No começo ele parecia olhar, mas ele estava apenas sentindo a vibração. Quando o afastei da sua frente, ele continuava a brincar sozinho no ar”, conta Juliana.
Depois de observar que havia algo estranho, ela o levou ao especialista que, após exames na retina, constatou a cegueira total e irreversível. Fisicamente, Serafim só apresenta estrabismo. Ele compensa o fato de não enxergar tendo seus outros sentidos mais apurados. “No começo eu tive pena, mas agora percebo: pena do quê? Ele é totalmente adaptado e faz coisas incríveis”, diz, orgulhosa, a tutora de Serafim.
Sem mudanças
Para quem tem um animal com deficiência visual em casa, é preciso tomar alguns cuidados. Evite mudar constantemente os móveis de lugar - ele vai se adaptar ao local onde vive e ficar fazendo alterações pode fazer com que ele acabe colidindo com eles e se machuque.
Também não faça mudanças no local da água e da ração. Coloque telas de proteção nas janelas, evitando quedas e, se morar em casa, não deixe o portão aberto, para evitar fugas.
Fonte: http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/pecao/2014/07/14/interna_pecao,515983/caes-e-gatos-com-deficiencia-visual-podem-levar-vida-normal-saiba-como-identificar-problemas.shtml
Adorei o post!
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