domingo, 7 de fevereiro de 2010

Cães epiléticos e tratamentos...

Oi, encontrei este texto sobre este tratamento para cães epiléticos, é o tratamento do Tyson, prescrito pelo seu médico veterinário Rodolfo Voll. Porém gostaria de explicar que muitos cães não se adaptam a este tratamento, mas fiquem tranqüilos que existem outras medicações. Lembre-se que controlar seu cão epilético através de exames é sempre importante, principalmente o de dosagem de fenobarbital para ver se a dosagem é a mais adequada e também para não ocorrer a sobrecarga do fígado.

Outra dica, no caso do Tyson, demorou meses para acertar a dosagem de ambos os medicamentos, então calma que tudo vai ficar bem, e quando ocorre a estabilização das crises, mesmo que sejam espaçadas devemos sempre dar a medicação no horário prescrito pelo seu veterinário, procure manter a regularidade. Observarão que o cão voltará à normalidade logo em seguida e que buscando o tratamento seu animal terá uma vida normal.

“A epilepsia primária é a desordem neurológica comum em cães. O fenobarbital é a droga mais utilizada pelos veterinários no tratamento de cães epiléticos. A terapia com fenobarbital deve ser monitorizada, pois muitos cães apresentam crises convulsivas após certo tempo de terapia. Isto se deve aos níveis plasmáticos inadequados desta droga uma vez que esta, ao longo do tempo, promove indução enzimática hepática detoxificativa fazendo com que seus níveis plasmáticos diminuam. Há ainda o efeito de aumento de peso corpóreo, que também pode ser provocado pela terapia, e que contribui para a queda da concentração plasmática deste barbitúrico.

Sabe-se ainda que a terapia prolongada com barbitúricos provoca efeitos indesejáveis, como processos degenerativos hepáticos, culminando com fibrose do parênquima. Por muitos anos (e ainda hoje) esta droga foi usada em protocolos experimentais de carcinogênise hepática.

Desta forma faz-se imprescindível o monitoramento clínico-laboratorial da concentração plasmática do fenobarbital para obtenção do efeito terapêutico desejado, minimizando a instalação de lesões deletérias.

Há situações onde o fenobarbital não apresentará o efeito clínico desejado, quer por não controlar as crises convulsivas ou por induzir reações hepáticas adversas. O controle da epilepsia com mono-terapia barbitúrica ocorrre em 70 a 80 % dos casos e estes índices chegam a quase totalidade (95%) quando associado ao brometo de potássio.

O brometo de potássio é uma droga que pode ser usada em conjunto ao fenobarbital quando a atuação deste último mostra-se insatisfatória. Nos casos onde há idiossincrasia ao Fenobarbital a terapia com brometo de potássio tem mostrado eficácia.

Experimentos recentes demonstraram que o brometo foi efetivo em cães que não foram controlados ou que tiveram reações adversas com o uso do fenobarbital, ao contrário de humanos.

Muitos clínicos utilizam o brometo como droga de eleição, reservando o fenobarbital aos casos de intolerância ao primeiro, pois este não é metabolizado pelo fígado, não induzindo aumento das enzimas hepáticas.

Os sinais clínicos da intoxicação por brometo (bromose) são sedação, incoordenação, fraqueza ou rigidez dos membros pélvicos, podendo evoluir para quadriplegia. O brometo de potássio é eliminado por via renal e todos os seus efeitos adversos são completamente reversíveis com a interrupção do uso.

Cães que possuem insuficiência renal podem diminuir a eliminação do brometo, desta forma o animal precisa ter a dose reavaliada e a concentração plasmática deve ser monitorada para prevenir intoxicação.

Ao instituir a terapia com esta droga, deve-se atentar ao fato de que o aumento da concentração plasmática desta ocorre gradativamente e atinge níveis estáveis após 45 a 60 dias após o início da terapia, devendo ser realizada nova mensuração de níveis plasmáticos aos 120 dias para ajustar a dose de manuntenção (caso necessário).”

Sempre consulte seu médico veterinário.

Bjkss Cecília.

4 comentários:

  1. acabei de descobri que minha filhote de pitbull tem epilepsia, já levei no veterinário, e ele passou gardenal infantil, para dar de 12 em 12 horas, porém ela ainda está tendo os ataques convulsivos, e está muito grogue não consegue comer e nem beber água, estou tendo que dar tudo na seringa, não sei mais o que eu faço, se puder me dar uma luz fico agradecida.
    Atenciosamente,
    Ana Claudia

    ResponderExcluir
  2. Tenho uma pitbull de um ano,ela vem tendo ataques convulsivos em intervalos curtos que variam as vezes de 15 em 15 dias,um e um mes e a ultima aconteceu entre 4 dias.levei ao veterinario ele mandou tomar meio comprimido de gardenal por dia caso ele ficasse tonta ou tivesse ataque aumentasse para um por dia,mesmo assim não esta controlando.
    preciso de outro remedio para complementar o gardenal e aumentar a dosagem dele.
    aguardo a resposta

    ResponderExcluir
  3. ola, o brometo de potassio junto com gardenal pode causar convulsao em caes epileticos?ou seja, fazer o efeito contrario...obrigada Glaucia

    ResponderExcluir
  4. Olá O brometo junto do Gardenal não causa convulsões não. Muito pelo contrário é o tratamento que meu cãozinho especial toma e está super bem.
    O brometo complementa muito bem o gardenal.
    Saibam que a medicação demora para fazer efeito e tb para encontrar a dose certa, continuem tentando.
    Abraços Cecília

    ResponderExcluir

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...