Como ajudar um cão cego, por Gustavo Campelo

NO POST anterior contamos a experiência de Danielle Travassos e Juliana Kobayashi, de São Paulo (SP), que adotaram Nina, uma cadela idosa e completamente cega. As duas, como muitos donos de cães cegos, tentam oferecer a melhor qualidade de vida possível ao seu cachorro deficiente. Mas como isso é possível?
CONVERSAMOS com Gustavo Campelo, que dirige uma equipe de educadores profissionais cujo principal objetivo é solucionar problemas de comportamento, trazendo bem-estar e qualidade de vida para os animais de estimação e seus proprietários. “É impressionante a capacidade de adaptação dos cães. Mesmo com alguma deficiência sensitiva, eles nunca vão deixar de fazer de tudo para nos agradar”, conta Gustavo.
CONFIRA as dicas de Campelo, consultor do CaninaBlog – e seja o melhor dono possível para seu amigo canino:
“O MAIS importante que posso recomendar aos donos desses cães é não sentir pena do seu amigo por essa deficiência. Eles nem ligam para isso, já se adaptaram com a nova situação e com certeza não ficam se lamentando ou se sentindo inferiores por isso.
GERALMENTE, um cão cego tende a usar ainda mais o olfato e a audição, porém eles também formarão mapas mentais dos ambientes em que eles vivem. Portanto, os donos ajudam muito esses cães não mudando os móveis de lugar a todo momento, por exemplo. Se for preciso mudar os móveis de lugar, mostre para o cão algumas vezes, até que ele se acostume. Evite mesas e cadeiras com bordas pontiagudas e tampar vãos de escada é uma maneira de dar mais segurança ao cão.
OUTRA dica muito legal é deixar pistas em cada ambiente da casa para que o cão saiba se situar. Por exemplo, deixe um rádio ligado sempre baixinho em um determinado cômodo ou um incenso com aroma diferente em cada cômodo da casa. Isso facilita muito a vida de nossos melhores amigos.”
Por Renata Faggion do Canina Blog.