Após conjeturas de epilepsia congênita, a causa da morte de Knut, o urso polar do zoológico de Berlim, foi finalmente decretada: uma encefalite, provavelmente de origem viral, o fez ter espasmos, convulsionar e cair no lago de seu espaço dentro do zoológico, e na sequência, ele se afogou. Essa foi a conclusão da necropsia, divulgada hoje (1º).
O exame do urso de quatro anos de idade, que morreu repentinamente há duas semanas, mostrou que ele sofria de encefalite, que causa inchaço e irritação que provavelmente foram causados por uma infecção, disse a patologista Claudia Szentiks, que liderou a necropsia. A causa da infecção ainda não foi determinada, mas Achim Gruber, professor de veterinária da Universidade Livre de Berlim, acredita que se tratou de um vírus.
“Acreditamos que a infecção já estava presente há algum tempo… pelo menos várias semanas, possivelmente meses, “ diz Gruber, completando que não havia nada no comportamento do urso que mostrasse que estivesse doente.
Knut morreu em 19 de março, na frente de centenas de visitantes, quando teve espasmos e caiu na lagoa de sua jaula. Ursos polares vivem entre 15 e 20 anos, e até mais, quando em cativeiro.
Os especialistas que examinaram Knut encontraram quantidades maciças de água em seus pulmões, o que corrobora a conclusão que a causa imediata da morte foi afogamento. Mas eles afirmam que mesmo que o urso polar não tivesse caído na água, ele não teria sobrevivido: “Dado o tamanho da inflamação, Knut teria morrido mais cedo ou mais tarde – não seria possível salvá-lo,” disse a patologista Claudia, do Instituto Leibniz de Vida Selvagem, em Berlim.
O exame também descartou raiva, botulismo e encefalopatia bovia espongiforme, conhecida como doença da vaca louca, como possíveis causas da encefalite.
Grupos de direitos animais alegavam que Knut estava traumatizado por viver em um ambiente confinado. Mas Claudia disse aos repórteres que não havia nenhum sinal de stress crônico.
Os patologistas disseram que vão continuar procurando pela causa da doença de Knut, mas já afirmaram não haver nenhum sinal de defeitos genéticos.
Knut se tornou uma celebridade internacional em dezembro de 2006, quando foi rejeitado pela mãe após seu nascimento e perdeu seu irmão gêmeo. O filhote fofinho foi então acolhido pelo tratador Thomas Doerflein, e apareceu em capas de revistas, filmes e personificou milhares de souvenirs. Doerflein morreu em 2008 de um ataque cardíaco.
O Zoológico de Berlim agora quer empalhar Knut, e colocá-lo em exibição no Museu de História Natural em Berlim, onde deve ser integrado a uma exposição sobre mudanças climáticas. A iniciativa trouxe protestos de fãs do urso polar, que dizem que o zoo quer continuar se aproveitando do animal mesmo após sua morte.
Fontes: IG (com informações da AP e AFP) e ANDA .
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