O ator mais comentado do ano não vai ganhar o Oscar. Ele se chama Uggie, está em fim de carreira e, mesmo sendo apenas um cão Jack Russell terrier, rouba a cena como coadjuvante em O artista, o filme sensação da temporada. O longa-metragem dirigido por Michel Hazanavicius está arrebatando o público mundial e foi indicado a dez Oscars, ainda que seja francês, preto e branco e mudo. O sucesso do filme e de Uggie revigora a linhagem algo esquecida dos cachorros nas telas. Ela foi iniciada com a invenção do cinematógrafo pelos irmãos Lumière (em 1895) e ganhou relevância nos anos 1920 com o pastor-alemão Rin Tin Tin, tema da biografia Rin Tin Tin: the life and the legend (A vida e a lenda), de Sarah Orlean, lançada nos Estados Unidos pela editora Simon & Schuster. No silêncio das imagens, diz Sarah, os cachorros se encontravam em igualdade de condições com os atores humanos. “Ambas as espécies tinham o mesmo conjunto de ferramentas para contar uma história: ação, expressão, gesto”, afirma. “O sucesso dos cães nunca mais se igualou ao que tiveram no cinema mudo.”
Os cachorros encarnam no cinema, como nenhum outro animal, as virtudes da amizade e da modéstia. Eles receberam promoção artística no momento em que animais treinados deixaram de ser usados no dia a dia e foram substituídos por máquinas. Os treinadores passaram, então, a investir em técnicas de atuação – e a ganhar mais dinheiro. O primeiro filme de ficção a usar um cão foi o curta-metragem Rescued by a rover (Salvo por um vira-lata), lançado em Londres em 1905. Foi um sucesso. Logo os cães de raça tomariam a tela. Os pastores-alemães, criados na Alemanha como cães de guerra e de guarda, revelaram sua vocação artística ao se tornar artistas em Hollywood. Entre 1921 e 1929, o pastor-alemão Flash interpretou o herói Strongheart em seis filmes de aventura do estúdio Vitagraph – que o apresentava como “mais humano que os humanos”. Seu sucessor, Rin Tin Tin, estrelou 29 longas entre 1922 e 1931, fazendo papel de si próprio, com êxito internacional. Quando morreu, em 1932, aos 14 anos, seu dono, o ex-soldado Lee Duncan (1893-1960), que encontrara o cachorro num campo de batalha na França, lançou Rin Tin Tin II e III. O filho deste, Rin Tin Tin IV também foi treinado por Duncan e protagonizou a famosa série de televisão da ABC, de 1954 a 1959. A linhagem se prolonga até hoje no Texas, embora sem o prestígio do fundador.
O exemplo de Rin Tin Tin animou treinadores a lançar outros cachorros que se tornaram célebres, como a cadela terrier Terry, que viveu Totó, mascote de O Mágico de Oz, ou o macho Pal, que interpretou Lassie nos anos 1940 (os diretores achavam que as miúdas fêmeas collies não serviam para contracenar com atores infantis mais experientes). Desde então, o sucesso canino encolheu, e os cachorros andaram com o rabo entre as pernas no cinema. Na comédia Marley & eu, de 2008, os dois atores que vivem o herói título, os retrievers Clyde e Jonah, foram tratados como cachorro: nem foram creditados. Robôs e bichos digitais cada vez mais atuantes – por exigência das sociedades protetoras dos animais – também colaboraram para o declínio.
Foi preciso um filme mudo como O artista para que se recriassem as condições ideais do novo triunfo de um cachorro. Uggie deixou o anonimato, arrancou elogios do público e da crítica e está ganhando os grandes prêmios reservados a sua espécie. Levou, entre outros, o Palm Dog Award em Cannes em 2011, por desempenho canino, e o Prix Lumière. É chamado a programas de televisão e, na semana passada, estava cotado para participar da cerimônia do Oscar, neste domingo, dia 26. Em janeiro, compareceu ao Globo de Ouro, ao lado do ator premiado da noite, o francês Jean Dujardin, com quem contracena em O artista. É o sexto filme de Uggie em sete anos de carreira. Com 10 anos, ele deve se aposentar e ser substituído por seu irmão, Dash. “Na expectativa de vida de um cachorro, Uggie é um ancião de 70 anos”, diz seu treinador, Otto von Muller.
Uggie nasceu na Califórnia em 2002. Antes de virar o George Clooney dos cachorros, teve de enfrentar uma história de superação. Seu primeiro dono o considerava rebelde e pretendia mandá-lo a um abrigo de cães. Foi quando Muller se ofereceu para tomar conta dele. Muller não imaginava que o flhote seria capaz de se tornar obediente e brilhante ao fazer vários truques. Ele finge timidez se leva um beijo, anda de skate e imita gestos humanos. Segundo o psicólogo Stanley Coren, autor do livro A inteligência dos cães, os terriers ocupam a 39ª posição na na tabela de inteligência canina – o mais inteligente é o border collie, ao passo que o mais belo e obtuso é o afghan hound. “O terrier é hiperativo e teimoso”, diz a jornalista Priscilla Merlino, que mantém o blog Farejando Bichos. “Mas também sabe ser alegre e companheiro.” Em O artista, no papel de Jack, Uggie salva a vida de seu dono, o ator George Valentin. Com a chegada do som ao cinema, Valentin cai em desgraça. No ápice do desespero, queima seus filmes e desmaia em meio às chamas. Uggie corre e atrai a atenção de um policial, no que talvez seja o melhor momento do filme.
Diante desse tipo de cena, os críticos parecem reviver a paixão pelos animais do tempo do cinema mudo. Alguns comparam a sequência às dos melhores filmes de Charlie Chaplin. É o caso de Lou Lumenick, do jornal New York Post. “Uggie realizou a melhor performance, humana ou animal, entre todos os filmes que vi neste ano”, diz Lumenick. “Ele é um símbolo universal da habilidade que nosso país tem de inspirar e divertir”, afirma Craig Wilson, do USA Today. Wilson propõe que Uggie receba o título de Cão de Todos os Americanos. Há entusiastas ainda mais arrebatados. S.T. Van Airsdale, editor do site Movieline, diz que Uggie é mais expressivo que Leonardo DiCaprio em J. Edgar Hoover. Em dezembro, lançou no Facebook a campanha “Consider Uggie”, para dar ao cão um prêmio oficial. Também existem vozes discordantes, como Forrest Wickman, do site Slate. “A campanha por Uggie é ridícula”, afirma. “Há melhores desempenhos caninos que o dele neste ano.” Uggie, para ele, atua como qualquer terrier hiperativo: “Mastiga cenários e mendiga adulação da plateia. Pior, parece latir, como se dissesse o tempo todo: ‘Estou aqui!’”.
O ator canadense Christopher Plummer, de 82 anos, indicado para Ator Coadjuvante pelo filmeToda forma de amor, lançado no Brasil em DVD, também declarou que não gosta de Uggie e se recusou a posar ao lado do animal para a revista Newsweek. Plummer tem dois motivos para a antipatia: faz lobby pelo cão Cosmo, o Jack Russell terrier com quem trabalha no filme no papel de Arthur, e não quer dar cartaz para um ator que poderia ofuscá-lo no Oscar. Por Luís Antônio Giron.
Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Mente-aberta/noticia/2012/02/um-astro-de-quatro-patas.html
PS: Lembrando que Uggie foi aposentado por apresentar uma misteriosa doença neurológica e tb pela sua idade avançada. Aqui vc lê mais sobre o assunto: http://colunas.revistacasaejardim.globo.com/bichoemcasa/2012/02/06/doenca-misteriosa-faz-o-cao-celebridade-uggie-se-aposentar/
Minha opinião: Não concordo com nenhuma forma de escravidão humana e animal, no entanto precisamos pensar em como é importante para os animais domésticos participarem das nossas vidas, em como ficam felizes de se sentirem amados e cuidados por seus tutores.
Precisamos diferenciar escravidão de participação!
Creio que a indústria do entretenimento utilize as regras impostas pelas sociedades protetoras de animais, antigamente era sabido que os animais sofriam maus tratos para "encenarem", mas hoje existem regras, e bastante semelhantes as cenas das crianças. Como o cinema, a tv e as propagandas recriariam cenários reais sem a participação de animais? Impossível, né?
Sendo que hoje praticamente todos os temos?
Vcs não se lembram da propaganda do frenchie "falando" com seu "tutor" dentro do carro? Seus tutores quando entrevistados contaram do super tratamento e das regalias do cãozinho no set de filmagem.
Quantos filmes já assistimos onde animais aparecem e nos trazem informações tão bacanas dessa convivência?
Outros exemplos de filmes bacanas com animais:
O Mágico de Oz, ET, Na Montanha dos Gorilas, Meu Cachorro Skip, De volta para o Futuro, K9, Sempre ao seu Lado, Uma Dupla quase Perfeita, Melhor é Impossível, 101 Dálmatas, Flipper, Beethoven, Benji, Amores, Brutos, Cães e Gatos, Dr. Doolittle, Feito Cães e Gatos, O Máscara, Legalmente Loira, Babe, Eu Sou a Lenda, A Revolução dos Bichos, Fluke, Ace Ventura, M.I.B., Quem vai ficar com Mary?, Procura-se um Amor que goste de Cachorros, Secretariat, Plano B, Entrando numa Fria, Um parto de Viagem, Resgate abaixo de Zero, Compramos um Zoológico, Um Hotel bom pra Cachorro, etc. E inúmeros filmes animados sobre animais como Garfield, Bolt, As Crônicas de Nárnia, Pinguins, O Pequeno Stuart Little, King Kong, etc...
Portanto regras rígidas para manter a saúde e o bem estar dos animais sim, histórias que nos mostrem animais e suas vidas sim, mas escravidão e maus tratos nunca!!
Bjks Cecília.
Os cachorros encarnam no cinema, como nenhum outro animal, as virtudes da amizade e da modéstia. Eles receberam promoção artística no momento em que animais treinados deixaram de ser usados no dia a dia e foram substituídos por máquinas. Os treinadores passaram, então, a investir em técnicas de atuação – e a ganhar mais dinheiro. O primeiro filme de ficção a usar um cão foi o curta-metragem Rescued by a rover (Salvo por um vira-lata), lançado em Londres em 1905. Foi um sucesso. Logo os cães de raça tomariam a tela. Os pastores-alemães, criados na Alemanha como cães de guerra e de guarda, revelaram sua vocação artística ao se tornar artistas em Hollywood. Entre 1921 e 1929, o pastor-alemão Flash interpretou o herói Strongheart em seis filmes de aventura do estúdio Vitagraph – que o apresentava como “mais humano que os humanos”. Seu sucessor, Rin Tin Tin, estrelou 29 longas entre 1922 e 1931, fazendo papel de si próprio, com êxito internacional. Quando morreu, em 1932, aos 14 anos, seu dono, o ex-soldado Lee Duncan (1893-1960), que encontrara o cachorro num campo de batalha na França, lançou Rin Tin Tin II e III. O filho deste, Rin Tin Tin IV também foi treinado por Duncan e protagonizou a famosa série de televisão da ABC, de 1954 a 1959. A linhagem se prolonga até hoje no Texas, embora sem o prestígio do fundador.
O exemplo de Rin Tin Tin animou treinadores a lançar outros cachorros que se tornaram célebres, como a cadela terrier Terry, que viveu Totó, mascote de O Mágico de Oz, ou o macho Pal, que interpretou Lassie nos anos 1940 (os diretores achavam que as miúdas fêmeas collies não serviam para contracenar com atores infantis mais experientes). Desde então, o sucesso canino encolheu, e os cachorros andaram com o rabo entre as pernas no cinema. Na comédia Marley & eu, de 2008, os dois atores que vivem o herói título, os retrievers Clyde e Jonah, foram tratados como cachorro: nem foram creditados. Robôs e bichos digitais cada vez mais atuantes – por exigência das sociedades protetoras dos animais – também colaboraram para o declínio.
Foi preciso um filme mudo como O artista para que se recriassem as condições ideais do novo triunfo de um cachorro. Uggie deixou o anonimato, arrancou elogios do público e da crítica e está ganhando os grandes prêmios reservados a sua espécie. Levou, entre outros, o Palm Dog Award em Cannes em 2011, por desempenho canino, e o Prix Lumière. É chamado a programas de televisão e, na semana passada, estava cotado para participar da cerimônia do Oscar, neste domingo, dia 26. Em janeiro, compareceu ao Globo de Ouro, ao lado do ator premiado da noite, o francês Jean Dujardin, com quem contracena em O artista. É o sexto filme de Uggie em sete anos de carreira. Com 10 anos, ele deve se aposentar e ser substituído por seu irmão, Dash. “Na expectativa de vida de um cachorro, Uggie é um ancião de 70 anos”, diz seu treinador, Otto von Muller.
Uggie nasceu na Califórnia em 2002. Antes de virar o George Clooney dos cachorros, teve de enfrentar uma história de superação. Seu primeiro dono o considerava rebelde e pretendia mandá-lo a um abrigo de cães. Foi quando Muller se ofereceu para tomar conta dele. Muller não imaginava que o flhote seria capaz de se tornar obediente e brilhante ao fazer vários truques. Ele finge timidez se leva um beijo, anda de skate e imita gestos humanos. Segundo o psicólogo Stanley Coren, autor do livro A inteligência dos cães, os terriers ocupam a 39ª posição na na tabela de inteligência canina – o mais inteligente é o border collie, ao passo que o mais belo e obtuso é o afghan hound. “O terrier é hiperativo e teimoso”, diz a jornalista Priscilla Merlino, que mantém o blog Farejando Bichos. “Mas também sabe ser alegre e companheiro.” Em O artista, no papel de Jack, Uggie salva a vida de seu dono, o ator George Valentin. Com a chegada do som ao cinema, Valentin cai em desgraça. No ápice do desespero, queima seus filmes e desmaia em meio às chamas. Uggie corre e atrai a atenção de um policial, no que talvez seja o melhor momento do filme.
Diante desse tipo de cena, os críticos parecem reviver a paixão pelos animais do tempo do cinema mudo. Alguns comparam a sequência às dos melhores filmes de Charlie Chaplin. É o caso de Lou Lumenick, do jornal New York Post. “Uggie realizou a melhor performance, humana ou animal, entre todos os filmes que vi neste ano”, diz Lumenick. “Ele é um símbolo universal da habilidade que nosso país tem de inspirar e divertir”, afirma Craig Wilson, do USA Today. Wilson propõe que Uggie receba o título de Cão de Todos os Americanos. Há entusiastas ainda mais arrebatados. S.T. Van Airsdale, editor do site Movieline, diz que Uggie é mais expressivo que Leonardo DiCaprio em J. Edgar Hoover. Em dezembro, lançou no Facebook a campanha “Consider Uggie”, para dar ao cão um prêmio oficial. Também existem vozes discordantes, como Forrest Wickman, do site Slate. “A campanha por Uggie é ridícula”, afirma. “Há melhores desempenhos caninos que o dele neste ano.” Uggie, para ele, atua como qualquer terrier hiperativo: “Mastiga cenários e mendiga adulação da plateia. Pior, parece latir, como se dissesse o tempo todo: ‘Estou aqui!’”.
O ator canadense Christopher Plummer, de 82 anos, indicado para Ator Coadjuvante pelo filmeToda forma de amor, lançado no Brasil em DVD, também declarou que não gosta de Uggie e se recusou a posar ao lado do animal para a revista Newsweek. Plummer tem dois motivos para a antipatia: faz lobby pelo cão Cosmo, o Jack Russell terrier com quem trabalha no filme no papel de Arthur, e não quer dar cartaz para um ator que poderia ofuscá-lo no Oscar. Por Luís Antônio Giron.
Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Mente-aberta/noticia/2012/02/um-astro-de-quatro-patas.html
PS: Lembrando que Uggie foi aposentado por apresentar uma misteriosa doença neurológica e tb pela sua idade avançada. Aqui vc lê mais sobre o assunto: http://colunas.revistacasaejardim.globo.com/bichoemcasa/2012/02/06/doenca-misteriosa-faz-o-cao-celebridade-uggie-se-aposentar/
Minha opinião: Não concordo com nenhuma forma de escravidão humana e animal, no entanto precisamos pensar em como é importante para os animais domésticos participarem das nossas vidas, em como ficam felizes de se sentirem amados e cuidados por seus tutores.
Precisamos diferenciar escravidão de participação!
Creio que a indústria do entretenimento utilize as regras impostas pelas sociedades protetoras de animais, antigamente era sabido que os animais sofriam maus tratos para "encenarem", mas hoje existem regras, e bastante semelhantes as cenas das crianças. Como o cinema, a tv e as propagandas recriariam cenários reais sem a participação de animais? Impossível, né?
Sendo que hoje praticamente todos os temos?
Vcs não se lembram da propaganda do frenchie "falando" com seu "tutor" dentro do carro? Seus tutores quando entrevistados contaram do super tratamento e das regalias do cãozinho no set de filmagem.
Quantos filmes já assistimos onde animais aparecem e nos trazem informações tão bacanas dessa convivência?
Outros exemplos de filmes bacanas com animais:
O Mágico de Oz, ET, Na Montanha dos Gorilas, Meu Cachorro Skip, De volta para o Futuro, K9, Sempre ao seu Lado, Uma Dupla quase Perfeita, Melhor é Impossível, 101 Dálmatas, Flipper, Beethoven, Benji, Amores, Brutos, Cães e Gatos, Dr. Doolittle, Feito Cães e Gatos, O Máscara, Legalmente Loira, Babe, Eu Sou a Lenda, A Revolução dos Bichos, Fluke, Ace Ventura, M.I.B., Quem vai ficar com Mary?, Procura-se um Amor que goste de Cachorros, Secretariat, Plano B, Entrando numa Fria, Um parto de Viagem, Resgate abaixo de Zero, Compramos um Zoológico, Um Hotel bom pra Cachorro, etc. E inúmeros filmes animados sobre animais como Garfield, Bolt, As Crônicas de Nárnia, Pinguins, O Pequeno Stuart Little, King Kong, etc...
Portanto regras rígidas para manter a saúde e o bem estar dos animais sim, histórias que nos mostrem animais e suas vidas sim, mas escravidão e maus tratos nunca!!
Bjks Cecília.
Que lindo!! rss! Eu tinha visto a reportagem!! Boa semana pra dinda! Bjoss
ResponderExcluirMto lindoooooooooooooooo!! ;)
ResponderExcluirDinda Ceci!! Depois vota no sorteio da Kika no dia 03 de Março! Vota em seu afilhado, viu! rsss!
No blog de Quíron tem falando sobre o sorteio, caso vc n conheça!
Bjos
Kd a dinda aqui em Salvador? Nós queremos a dinda Ceci! rss! Saudades de vc! bjoss
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