Queridos,
tava pesquisando sobre animais deficientes e me lembrei que nem só de deficiência física os cachorros sofrem, e também de "comportamentos" especiais.
Têm cães que têm problemas neurológicos, mentais, que o fazem tão especiais quantos os que possuem deficiência física. Algumas doenças deixam sequelas nos pets, diria que sequelas mentais e comportamentais.
Inclusive nos EUA, existem asilos(hospícios) para cães com problemas desse tipo, e ainda no caso de os donos quererem mantê-los em casa eles ensinam como os donos devem lidar com estes pets dodóis.
Sabemos da existência de cães que enlouquecem, que simplesmente têm crises, que o fazem ser considerados inaptos a viver em família ou até em sociedade.
Não comentarei aqui os absurdos daqueles monstros que treinam pobres animais para rinhas, circos etc, no qual utilizam violência extrema, destruindo por completo a relação do pobre animal com a sociedade e sua sanidade mental.
E também não estou falando em cachorros considerados "mal-educados", aqueles que tudo podem fazer(mimados) até o dia que seus donos resolvem que eles "piraram" e os abandonam, não é sobre estes que estou comentando, pq sabemos sim q estes animais têm volta, basta ver os inúmeros programas que reeducam estes cães e o fazem voltar para o seus lares como perfeitos cães que são.
Tô falando em cachorros que apresentam transtornos traumáticos, depressão, fobias, transtornos de ansiedade, e outros.
Utilizarei primeiro o exemplo do famoso cão Lava, dos livros: "De Bagdá com muito amor" e "Lições de vida de um Cão chamado Lava", história basicamente é de um cãozinho que viveu no meio da guerra do Iraque, e foi resgatado por Jay Kopelman, no segundo livro ele descreve como foi voltar pros EUA depois de tamanho estresse que ambos passaram, e sobre os sintomas que Lava começou apresentar, que acabou por ter o diagnóstico de TEPT( Transtorno estresse pós traumático), clássico em pessoas e animais que vivenciaram situações consideradas limite.
Gente, não é frescura não, é doença mesmo. O animal sofre, se distancia, agride e apresenta comportamentos anormais.
Mas o melhor mesmo é saber que existe tratamento e que tudo pode melhorar. O tratamento normalmente é químico, conta com a ajuda dos donos para "moldar" o comportamento e para mostrar para seu pet que ele está bem, está a salvo e continua muito amado. Espantando o medo "irracional" para bem longe do fofo!!
Isso que o autor Jay Kopelman explica no livro, e detalha de forma até divertida, pq ele sente que passa por situações semelhantes ao de seu cão, e no final o que interessa é saber que Lava continua super bem e lindo!!
O segundo exemplo é o meu querido Tyson, meu frenchie que me estimulou a escrever este blog. OTyson depois de ter aquele episódio "punk"que passou internado, devido as complicações das fortes convulsões que teve, quando chegou em casa passou a ter comportamento totalmente diferente do que tinha, não reconhecia os lugares, não interagia, estava agressivo, e agitado(MUITO AGITADO 24 HORAS), latia toda noite, corria pra brincar com todos e não parava(NUNCA). Todos na minha casa depois de 4 meses dessa tortura, estávamos apavorados com a possibilidade dele ter surtado..... e tb em o que fazer??
Pq o tratávamos com o mesmo amor e carinho, mostrávamos pra ele tudo como era.... Sim tb o levamos nos veterinários, mas nada era definitivo.... então decidi fazer o q minha Vet. Izamara programou: entramos com o Tripthophan(suplemento aminoácido), depois com o Neuroalívio (buspirona, ansiolítico), e foi melhorando.... até que resolvemos castrá-lo...... e tudo voltou ao normal!!
É isso mesmo, voltou a ser o velho Tyson de sempre, feliz, brincalhão e normal. Continua com a medicação para epilepsia(Gardenal e brometo de potássio) e tb com o Neuroalívio. Sim, pq houve melhora, e tratamento com ansiolíticos/ antidepressivos devem ser retirados lentamente e sob supervisão do veterinário. Por enquanto está tudo numa boa, e antes que vcs me perguntem já respondo: Não, ele não é lento, nem dopado, nem molenga por causa da medicação, muito pelo contrário, ele é fogo!!
Então finalizando, pra tudo tem solução, menos pra morte, né?
Não desistam de seus pets nunca.
bjk Cecília
Puxa vida! Que alivio ler sua experiencia com um cãozinho especial. Eu adotei um caozinho que no dia a dia é super docil e obediente, mas em 45 dias ja teve 5 episodios de agressividade. Imagino o que ele ja deve ter passado quando vivia nas ruas...
ResponderExcluirPercebi que logo apos a crise ele passa o dia todo amoado num canto, não quer nem brincar.
Consultei a vet que me explicou sobre esse transtorno e receitou buspirona pra ele.
Na segunda-feira entro com a medicação e to torcendo pra que ele se sinta melhor. Me doi muito quando as outras pessoas dizem que devo devolve-lo, que ele é agressivo, que não é de confiança, mas eu jamais irei abandona-lo.
Foi muito bom ler seu relato!
Abraços...
Vilma.
Boa tarde,Vilma,escrevo esse email para saber sua experiência com buspirona,minha dálmata é extremamente dócil com os donos e a empregada doméstica,e ,agressiva com os outros,já tem 3 ataques...estou confiante no tratamento pois é muita responsabilidade...vc sabe ,temos um cão bravo,de guarda,não pode machucar os outros...me responda por favor,nada como uma experiência para me consolar e e dar esperança.Grata,
ExcluirVirgínia