sexta-feira, 28 de agosto de 2009

TEPT também é coisa de cachorro sim...




Queridos,
tava pesquisando sobre animais deficientes e me lembrei que nem só de deficiência física os cachorros sofrem, e também de "comportamentos" especiais.
Têm cães que têm problemas neurológicos, mentais, que o fazem tão especiais quantos os que possuem deficiência física. Algumas doenças deixam sequelas nos pets, diria que sequelas mentais e comportamentais.
Inclusive nos EUA, existem asilos(hospícios) para cães com problemas desse tipo, e ainda no caso de os donos quererem mantê-los em casa eles ensinam como os donos devem lidar com estes pets dodóis.
Sabemos da existência de cães que enlouquecem, que simplesmente têm crises, que o fazem ser considerados inaptos a viver em família ou até em sociedade.
Não comentarei aqui os absurdos daqueles monstros que treinam pobres animais para rinhas, circos etc, no qual utilizam violência extrema, destruindo por completo a relação do pobre animal com a sociedade e sua sanidade mental.
E também não estou falando em cachorros considerados "mal-educados", aqueles que tudo podem fazer(mimados) até o dia que seus donos resolvem que eles "piraram" e os abandonam, não é sobre estes que estou comentando, pq sabemos sim q estes animais têm volta, basta ver os inúmeros programas que reeducam estes cães e o fazem voltar para o seus lares como perfeitos cães que são.
Tô falando em cachorros que apresentam transtornos traumáticos, depressão, fobias, transtornos de ansiedade, e outros.
Utilizarei primeiro o exemplo do famoso cão Lava, dos livros: "De Bagdá com muito amor" e "Lições de vida de um Cão chamado Lava", história basicamente é de um cãozinho que viveu no meio da guerra do Iraque, e foi resgatado por Jay Kopelman, no segundo livro ele descreve como foi voltar pros EUA depois de tamanho estresse que ambos passaram, e sobre os sintomas que Lava começou apresentar, que acabou por ter o diagnóstico de TEPT( Transtorno estresse pós traumático), clássico em pessoas e animais que vivenciaram situações consideradas limite.
Gente, não é frescura não, é doença mesmo. O animal sofre, se distancia, agride e apresenta comportamentos anormais.
Mas o melhor mesmo é saber que existe tratamento e que tudo pode melhorar. O tratamento normalmente é químico, conta com a ajuda dos donos para "moldar" o comportamento e para mostrar para seu pet que ele está bem, está a salvo e continua muito amado. Espantando o medo "irracional" para bem longe do fofo!!
Isso que o autor Jay Kopelman explica no livro, e detalha de forma até divertida, pq ele sente que passa por situações semelhantes ao de seu cão, e no final o que interessa é saber que Lava continua super bem e lindo!!
O segundo exemplo é o meu querido Tyson, meu frenchie que me estimulou a escrever este blog. OTyson depois de ter aquele episódio "punk"que passou internado, devido as complicações das fortes convulsões que teve, quando chegou em casa passou a ter comportamento totalmente diferente do que tinha, não reconhecia os lugares, não interagia, estava agressivo, e agitado(MUITO AGITADO 24 HORAS), latia toda noite, corria pra brincar com todos e não parava(NUNCA). Todos na minha casa depois de 4 meses dessa tortura, estávamos apavorados com a possibilidade dele ter surtado..... e tb em o que fazer??
Pq o tratávamos com o mesmo amor e carinho, mostrávamos pra ele tudo como era.... Sim tb o levamos nos veterinários, mas nada era definitivo.... então decidi fazer o q minha Vet. Izamara programou: entramos com o Tripthophan(suplemento aminoácido), depois com o Neuroalívio (buspirona, ansiolítico), e foi melhorando.... até que resolvemos castrá-lo...... e tudo voltou ao normal!!
É isso mesmo, voltou a ser o velho Tyson de sempre, feliz, brincalhão e normal. Continua com a medicação para epilepsia(Gardenal e brometo de potássio) e tb com o Neuroalívio. Sim, pq houve melhora, e tratamento com ansiolíticos/ antidepressivos devem ser retirados lentamente e sob supervisão do veterinário. Por enquanto está tudo numa boa, e antes que vcs me perguntem já respondo: Não, ele não é lento, nem dopado, nem molenga por causa da medicação, muito pelo contrário, ele é fogo!!
Então finalizando, pra tudo tem solução, menos pra morte, né?
Não desistam de seus pets nunca.
bjk Cecília

2 comentários:

  1. Puxa vida! Que alivio ler sua experiencia com um cãozinho especial. Eu adotei um caozinho que no dia a dia é super docil e obediente, mas em 45 dias ja teve 5 episodios de agressividade. Imagino o que ele ja deve ter passado quando vivia nas ruas...
    Percebi que logo apos a crise ele passa o dia todo amoado num canto, não quer nem brincar.
    Consultei a vet que me explicou sobre esse transtorno e receitou buspirona pra ele.
    Na segunda-feira entro com a medicação e to torcendo pra que ele se sinta melhor. Me doi muito quando as outras pessoas dizem que devo devolve-lo, que ele é agressivo, que não é de confiança, mas eu jamais irei abandona-lo.
    Foi muito bom ler seu relato!
    Abraços...
    Vilma.

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    Respostas
    1. Boa tarde,Vilma,escrevo esse email para saber sua experiência com buspirona,minha dálmata é extremamente dócil com os donos e a empregada doméstica,e ,agressiva com os outros,já tem 3 ataques...estou confiante no tratamento pois é muita responsabilidade...vc sabe ,temos um cão bravo,de guarda,não pode machucar os outros...me responda por favor,nada como uma experiência para me consolar e e dar esperança.Grata,
      Virgínia

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