domingo, 24 de outubro de 2010

Revista Crescer - Parte 3

ALICE E BABA
Com 9 anos, a coker spaniel é como a “irmã mais velha” de Alice, 1 ano. Esperta, a cadela sabe que vai passear quando o pai pega o carrinho da bebê e Alice chama todo cachorro que vê na rua de Baba.
Por Bruna Menegueço, Cíntia Marcucci e Fernanda Carpegiani. Fotos Guilherme Young.

Quem é esse aí?
Cachorros, gatos e crianças têm tudo para ser melhores amigos. Mas, como toda nova relação, ela pode ser meio tensa no início. Basta fazer as coisas com calma, e respeitando tanto o bicho quanto seu filho, para que ela dê muito certo
Tudo o que é novo causa um certo estranhamento e pede adaptação. Quando uma criança e um bicho de estimação se conhecem é assim também. Se o pet já vive na casa e o novato será o bebê, o cuidado deve ser para que o animal não se sinta deixado de lado. Seu filho será prioridade, claro, mas não dá para querer que o cachorro ou o gato que reinava absoluto entenda de uma hora para outra que perdeu o trono e não vai poder mais circular livremente ou ter toda a atenção da casa.
O ideal é o animal já ser socializado, que é bem diferente do adestramento: significa que ele foi acostumado com pessoas e convive pacificamente com elas. Isso é feito desde os primeiros meses do filhote com a ajuda de veterinários e especialistas em animais. O processo também pode ser feito com bichos adultos, mas será mais longo e complexo.
Feito isso, acostume seu pet com as mudanças antes do nascimento: vá reduzindo aos poucos o acesso aos cômodos em que ele não poderá entrar. Mas não exagere. Os especialistas alertam que não é necessário deixar o bicho só no quintal ou preso na lavanderia. É até bom que ele tenha contato com o bebê logo. Deixe fraldas de pano com cheiro do recém-nascido perto deles e permita que o cão ou o gato cheire o pezinho, fique por perto durante o banho de sol. E já prepare a câmera fotográfica: além desse contato ser ótimo para eles se conhecerem, vai render imagens incríveis.
Mais tarde, ou se o filhote chegar depois dos filhos, será a vez de educar a criança. Ensine a não mexer na boca, patas, rabo e orelha, pois isso pode irritar ou machucar o animal. O carinho é mais bem-aceito se for feito do pescoço para baixo, de leve, e um adulto deve ficar sempre por perto. É preciso ter cuidado, mas nada de medo! Se você ficar muito apreensivo, seu filho vai perceber, o bicho também e aí está criada a tensão.
Em se tratando de cachorros, quem trabalha com animais afirma que, se o cão não tiver problemas de comportamento, é raro que ele morda alguém da família. Os gatos são menos tolerantes, até por terem sido domesticados muitos anos depois dos cães. Para evitar os temidos arranhões, basta ensinar a respeitar os limites do bichano e ficar sempre por perto.
Caso ocorra algo desse tipo, com o seu bicho ou com o de outra pessoa, além dos cuidados com o ferimento vai ser preciso trabalhar o contato entre seu filho e um animal novamente. Assim o incidente não se transforma em um trauma. Se a mordida ou o arranhão foi fruto de uma brincadeira mais brusca, explique à criança e faça a reaproximação aos poucos, respeitando os limites de seu filho. Se foi uma agressão mesmo, avalie: a criança provocou ou foi um ato gratuito do bicho? Aí decida se a chamada por mau comportamento deve ir para o seu filho ou para o pet.
3 dicas do Encantador de Cães
Ver Cesar Millan lidar com cachorros superproblemáticos em seu programa no canal a cabo Animal Planet impressiona. Afinal, como é que ele sabe tudo aquilo? Em entrevista à CRESCER, O Encantador de Cães disse que seu trabalho é mesmo coisa de especialista, mas que se as pessoas pararem de tratar os cães como gente já é um bom começo. Veja três dicas dele para um bom convívio entre a sua família e o seu pet:
1. O cachorro entende quem mora na casa como uma matilha e precisa de hierarquia e de um líder, que deve ser um adulto. Ele adora carinho, mas também precisa receber ordens para ser um animal equilibrado.
2. Com a chegada de um bebê, o cão pode sentir que perdeu o seu lugar na casa. Evite isso fazendo com que ele associe a presença do seu filho com algo agradável. Ofereça petiscos sempre que trouxer o bebê para perto dele, por exemplo.
3. Dá para perceber se um cachorro está irritado e pode atacar pela sua postura: ele fica parado, atento e com as orelhas em pé. Observar essas reações pode evitar uma mordida. Mas um cão sociável só morde em último caso.
Link: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI174168-10448-6,00-BICHOS+POR+QUE+TELOS.html

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